sábado, 7 de janeiro de 2012

Citizen Boilesen


(Para ver o resto do filme, basta abrir o link)

Ed Mort

Filme de comédia satírica, direção de Alain Fresnot, 1997.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Hippies

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Close to the Egde


(Basta abrir o link para conferir a segunda parte da música)

Essa canção foi inspirada no romance do escritor alemão Hermann Hesse chamado "Siddharta", publicado em 1922. O livro conta a história de um jovem pensador em sua busca pela plenitude espiritual e o alcance de estados em que a mente humana se encontra absolutamente completa e plena.

The Solid Time of Change (O Momento Sólido da Mudança)
Siddharta era filho de brâmanes e vivia num povoado onde todos o admiravam. Todavia, mesmo com todo o amor das pessoas ao seu redor, Siddharta não sentia alegria vinda do seu próprio eu. Ele decidiu deixar os brâmanes e passou a viver com samanas (sábios mendigos nômades). A experiência com os samanas fez com que Siddharta se esquivasse da presença do seu eu, sem contudo superá-lo. Foi quando o seu melhor amigo Govinda sugeriu de ambos tornarem-se adeptos da doutrina de Buda.

Siddharta e seu amigo vão ao local onde estaria Buda para ouvir sua doutrina. Siddharta não se sentiu contudo atraído pelas palavras do venerável Buda. Ele julgou que a experiência vivida por Buda não seria possível de ser transmita por palavras. A única forma de se chegar à vivência semelhante seria seguir seu próprio caminho mundo afora. Assim, Siddharta procurou a essência do seu próprio eu e de todas as coisas ao seu redor, iluminando-se ao contemplar o mundo de outra maneira: momento em que ele chamou de "o despertar".

Anderson descreve a trajetória de Siddharta ao aderir à filosofia dos samanas, a qual incluía fazer jejuns por longos períodos ("e rearruma seu fígado para a solidez da graça mental"). Entretanto, é contemplando o mundo a sua volta ("uma gota de orvalho pode nos exaltar como a luz do sol") que Siddharta deixa para trás as doutrinas aprendidas ("e retirar o plano no qual nos movemos") e passa a seguir seu próprio caminho ("e escolher o caminho que está correndo").

O refrão ("próximo da borda, descendo pelo rio") foi inspirado na ilustração de Roger Dean que aparece na capa de dentro do álbum.

Total Mass Retain (Total Retenção da Multidão)
Siddharta é atraído por uma cortesã chamada Kamala. Ele queria que a cortesã o ensinasse a arte dos prazeres. No entanto esse ensinamento tinha um custo, o que fez com que Siddharta arrumasse um emprego com um comerciante rico da cidade. Inicialmente Siddharta achava engraçado os aborrecimentos enfrentados pelo seu chefe por questões materiais. Aos poucos, Siddharta acumulou riquezas e logo sua vida não era diferente dos "homens tolos". Ele começou a se embebedar e a apostar seu dinheiro em jogos.

Siddharta, movido pelo sentimento de desprezo à vida insensata que levava, decide abandonar a cidade com todos os seus pertences. Ele se dirigiu a uma floresta próxima de um rio. Ele se debruçou num dos troncos de uma árvore e planejou suicidar-se atirando seu corpo ao rio. Foi quando ele ouviu o Om (mantra) e dormiu. Após um longo sono, acordou renascido, como se aquela vida que viveu fosse uma reencarnação passada. Esse é o tema central do álbum!

Anderson conta o momento em que Siddharta conheceu Kamala ("meus olhos crentes, eclipsados com a Lua Nova conquistados pelo amor"). Em seguida descreve a trajetória dele ao conviver com uma multidão de pessoas na cidade ("fazendo caminhos que quase sobem para o vazio enquanto atravessamos de um lado para o outro, ouvimos a retenção da multidão").

I Get Up I Get Down (Eu me Levanto, Eu me Abaixo)
Ao saber da iminente morte de Buda, a agora envelhecida Kamala iniciou uma peregrinação com seu filho pequeno, cujo pai era Siddharta. A criança não aguenta a longa jornada, então Kamala decide descansar um pouco. Uma serpente contudo pica a perna de Kamala. Ela e a criança gritam por socorro até que os gritos chegam aos ouvidos de Vasudeva, que corre rapidamente para socorre-la e coloca-la numa choupana onde Siddharta se encontrava. Numa cabana, ela se encontrava deitada na cama de Siddharta e, ainda que os anos tivessem passado, ela o reconheceu. Antes de morrer, ela revelou que seu filho era fruto de Siddharta.

Anderson conta o momento em que Kamala fazia sua peregrinação e fora picada por uma serpente, sem contudo ser ajudada por aqueles que estavam a sua volta ("duzentas mulheres assistem a uma mulher chorar, tarde demais"). Siddharta a reencontra após muitos anos ("quão velho estarei antes de ter idade para você?").

Seasons of Man (Estações do Homem)
Govinda, amigo de longa data de Siddartha e quem havia se tornado discípulo de Buda, soube da existência de um balseiro sábio que morava junto ao rio. Ele decidiu ir pessoalmente conhece-lo. Após conversar com o balseiro, notou que ele na verdade era seu antigo amigo Siddharta. Ainda mais que isso. Ele notou que Siddharta sorria como os seres perfeitos, tal como fazia Buda. Ele finalmente tinha encontrado o que estava procurando.

Anderson descreve o momento do encontro entre Siddharta e Govinda. Govinda finalmente se viu completo no final da conversa ("agora que você encontrou, agora que você está completo").



Essa canção é um poema cantado por Anderson ainda sobre a concepção do livro "Siddharta". A partir do momento em que você descobre o seu eu, você passa a ver a existência além do consciente. Você se desprende do ciclo natural da vida e se imortaliza ao perder a noção do tempo. Como no verso "and you and I reach over the sun for the river" (e você e eu alcançamos o sol pelo rio): o sol representa o eu individualizado e o rio representa a corrente do tempo na eternidade, conceitos tirados da doutrina jungiana.

A ideia do livro de Hesse é reafirmada com o verso "all complete in the sight of seeds of life with you", o qual se repete algumas vezes ao longo da música e pode ser entendido como: tudo parece fazer sentido quando nós estamos juntos e contemplamos a origem da vida. Isso ilustra o diálogo filosófico entre o balseiro Siddharta e o monge Govinda.



O título dessa música é até hoje objeto de controvérsia entre os fãs. Uma vez perguntada, a banda disse para interpretar "Siberian Khatru" como quisermos. A interpretação que eu achei mais interessante diz respeito a "k'hatru" (Q'ua'tru) como sendo um dos sete dialetos dos Coriacos, povo indígena do extremo leste da Sibéria. Historicamente essas pessoas acreditavam no xamanismo e no dualismo da alma, onde uma alma estava apta a deixar o corpo e elevar-se a um plano alternativo de existência. Essa concepção corrobora a ideia do álbum. Ademais, a letra exalta as quatro estações, pelas quais todos nós teremos de passar ("seasons will pass you by"),

(Resenha retirada do blog: progresenhas.blogspot.com)

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Depois do fim do mundo